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Fundo de reserva: Tudo o que você precisa saber


Se você é um síndico (a), você sabe que administrar um condomínio requer diversos cuidados e muita atenção aos detalhes, principalmente no que diz respeito ao setor financeiro.


As finanças de um condomínio se assemelham, muitas vezes, às finanças de uma empresa. É importante pagar impostos, gerir colaboradores, prestar contas e garantir um fundo de reserva.


O fundo de reserva para condomínio é imprescindível para dar tranquilidade aos moradores, ao síndico (a) e à administradora.


Você sabe qual é a importância real de ter um fundo de reserva? Veja abaixo!


1) A importância do fundo de reserva


O fundo de reserva para condomínio é uma espécie de poupança, onde os condomínios direcionam valores estipulados para construir uma reserva financeira e poder arcar futuramente com alguns custos em situações inéditas, considerando despesas que não foram programadas.


Os fundos de reserva consistem em uma estratégia preventiva, para não bagunçar e atrapalhar as finanças do condomínio em caso de emergências, por exemplo.


O fundo de reserva para condomínio não é uma regra, mas é uma excelente alternativa para ajudar na administração do espaço e evitar transtornos financeiros.


Ainda que não seja uma regra, quando o fundo de reserva para condomínio é criado, é necessário formalizá-lo, instituí-lo e regulamentá-lo através da Convenção Condominial, do Regimento Interno do condomínio, ou por meio de uma deliberação na assembleia. Nessa deliberação, é necessário definir, por exemplo, em quais casos esse fundo será utilizado e qual é o percentual da taxa condominial que será direcionado para essa reserva.


2) Qual a porcentagem deve ir para o fundo de reserva?


Tendo como algo padronizado, o fundo de reserva do condomínio deve consistir em aproximadamente três meses do valor da receita total arrecadada. Nesse sentido, se o seu condomínio, por exemplo, arrecada R$15mil por mês, é interessante que o fundo tenha um saldo em conta de R$45mil.


Pensando em como adquirir esse fundo de reserva, é comum que o valor seja algo entre 5% a 10% da taxa condominial todos os meses direcionados para essa conta.


É importante lembrar que, como se trata de uma reserva financeira para lidar com emergências e situações inesperadas, é de suma importância que esse dinheiro esteja guardado em uma conta de liquidez diária. Por isso, não é recomendado investir o valor da reserva financeira para conseguir aumentar sua rentabilidade: ele precisa estar de fácil acesso em caso de urgências.


3) Quem paga pelo fundo de reserva?


De acordo com a Lei do Inquilinato, Lei 8245/91, o locatário é responsável por pagar apenas as despesas de caráter ordinário, deixando as despesas extraordinárias a cargo do proprietário.


Dessa forma, o dono do imóvel é o responsável por contribuir com o fundo de reserva para condomínio. A única situação em que o inquilino deve pagar pelo fundo de reserva é quando o valor dessa poupança for usado para arcar com despesas ordinárias.


4) O que são despesas ordinárias e extraordinárias?


As despesas ordinárias são aquelas que estão relacionadas à manutenção regular do condomínio. Dentro desse grupo, encontramos os gastos com conservação e limpeza das áreas comuns, manutenção de portões, elevadores e demais equipamentos, pagamento de salários de profissionais que atuam no condomínio, bem como seus benefícios, etc.


As despesas extraordinárias, por sua vez, são as que estão relacionadas à modificação ou investimento no condomínio: compra de novos equipamentos de segurança, pintura da fachada, reformas do prédio, construção de quadras, instalação de piscinas, aquisição de móveis e muito mais.

5) Qual a finalidade do fundo de reserva para condomínio?


A finalidade do fundo de reserva para condomínio irá variar de acordo com as situações definidas durante a sua criação, e é fundamental que isso esteja devidamente alinhado com moradores e proprietários dos imóveis do condomínio.


Afinal, a criação do fundo de reserva para condomínio não é uma obrigatoriedade, mas uma é excelente estratégia para a construção de um condomínio financeiramente organizado e seguro.


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